quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mais uma entrevista

Se pudesse colocar entrevista no currículo já teria ido pra segunda página. Infelizmente fazer entrevista e não passar não pega bem. Não foi o meu caso no inglês, é lógico. E nem nessa nova entrevista, desse vez para trabalho. Não realmente um trabalho, nem estágio, mas sim uma Iniciação Científica.

Esse semestre decidi mudar minha vida. Finalmente comecei a correr atrás do que eu devia ter corrido há algum tempo já, mas infelizmente faltou maturidade. Não é pra menos, entrar na faculdade com 16 anos é mais do que precoce. E desnecessário.

Hoje, já no quinto semestre e com um pouco mais de dois anos faltando para me formar, me vejo com meu currículo quase que completamente vazio. E dois anos é muito pouco. Tudo bem que tenho estágio obrigatório daqui a pouco, mas é óbvio que não vai ser a mesma coisa. Estágio obrigatório, o que faz parte do currículo como uma cadeira, é mais que superficial. Pelo menos para mim foi.
Fiz estágio em dispensação em uma farmácia de um shopping de uma zona classe média pra cima. Dispensação seria ficar no balcão vendendo medicamento. O problema é que as condições desse estágio, além de durar ridículas 60h, não condizem com o que eu poderei encarar quando me formar. Meus pais tem uma farmácia e é óbvio que mesmo atuando em uma área totalmente diferente em algum outro lugar do planeta, me envolverei nem que o mínimo possível com o negócio da minha família, e a farmácia dos meus pais fica numa zona totalmente diferente da qual eu tive uma pequeníssima experiência. Tudo bem, não é uma coisa que mudará muito, até porque não importa quão grande seja a cidade, você vai acabar vendo as mesmas pessoas frequentando os mesmos lugares. Posso dizer isso porque estagiei num shopping de uma capital, local que pela lógica não vão as mesmas pessoas todos os dias, mas vão. Fora a classe social, que já estando no centro da cidade de Guaíba já se percebe uma nítida diferença, até por ser interior... Imagina numa vila, que é onde fica a farmácia dos meus pais.

Mas mesmo assim foi importante pra pegar uma experiência, saber como é ter um chefe e ele não gostar de você. Falando nisso, eu tenho uma facilidade incrível de conquistar o ódio das pessoas. Realmente não sei o que faço de errado, mas a maioria ao meu redor insiste em não gostar de mim. Tento ao máximo me aproximar das pessoas, ser amigo deles, mas nada adianta e até me parece que passam a desgostar mais de mim ainda. E não é só um tipo de pessoas, são todos. Só de crianças que ainda não consegui extrair o ódio, mas quem sabe daqui a pouco eu consigo.

Tentando voltar ao assunto, fui fazer essa tal entrevista para IC. Fazer uma IC é realmente muito importante, porque além da bolsa (que não tem tanto valor e não vem junto com a vaga na maioria das vezes) a IC abre as portas para um mestrado. Eu nunca havia pensado em fazer mestrado, até porque o cara já vem da escola com a idéia: "não aguento mais estudar e ainda me vem mais quatro anos de faculdade", mas numa faculdade tem tanta oportunidade legal que você não tem como não aproveitá-las. Eu, por exemplo, já pensei em fazer uma pós no exterior, com uma bolsa do mesmo lugar que estou tentando pegar agora, mas só que no caso de agora é para graduação.

Fiquei sabendo que estavam procurando gente para ocupar as vagas dessa tal IC que tem como pesquisa "Métodos Diagnósticos em Diabetes Mellitus". É um assunto interessante porque DM nunca sai da moda, até porque é uma deficiência metabólica que afeta centenas de milhões de pessoas no mundo e continuará assim. E ainda era no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), que é um hospital que a minha mãe já estagiou e falou muito bem. Eu mesmo pude me certificar de que o hospital é bem legal mesmo, muito bem estruturado e "agradável".

Este é o HCPA


Como o lugar é agradável, o IC é interessante e o meu currículo está praticamente vazio, fui para a luta. Corri atrás, mandei e-mails e marquei uma entrevista para hoje (quarta-feira) de manhã. Peguei minha polo mais discreta, uma cueca da sorte e até arrumei o cabelinho (mentira essa parte) para ir fazer a tão sonhada PRIMEIRA entrevista de "emprego". Estava tão empolgado que cheguei no hospital uma hora antes da entrevista, para não ter chances de nada dar errado e me atrasar. Eu adoro me atrasar.

Tem mais um fator que faz com que eu queira mais ainda fazer alguma coisa da vida o mais rápido possível e é do conhecimento de todos: eu quero fazer o intercâmbio. Fazendo o intercâmbio no começo do ano que vem já se vão seis meses de um possível estágio ou IC. Então tenho que aproveitar esses seis meses que ainda me restam para fazer o máximo que eu conseguir. É óbvio que não é nem um pouco certo que eu passe na prova do TOEFL e vá de fato fazer o intercâmbio, mas como é uma coisa que eu quero absurdamente fazer, vou dar o meu máximo para conseguir passar e então já tenho que fazer meus planos de acordo com essa possibilidade iminente.


Bom, cheguei lá. E a entrevista? To be continued, com os devidos resultados já divulgados.

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